EDUCAÇÃO
Como incentivar a criança a estudar uma segunda língua
Por Giuliano Agmont | Foto: Omar Paixão
Disponível em: http://bebe.abril.com.br/03_05/educacao/ensino-bilingue-pag4.php
“O aprendizado tem muito a ver com questões afetivas. Não é só aquisição de conhecimento”, esclarece Quezia Bombonatto. “O segundo idioma tem de ter significado para a criança.” Na prática, isso quer dizer que os pais que colocam o filho numa escola bilíngue apenas por status social ou porque acham bonito ouvir a criança proferir algumas expressões estrangeiras podem estar cometendo um erro. Não que isso vá causar algum dano irreversível ao pequeno, mas o investimento corre o grande risco de ficar sem retorno, isto é, a criança vai “perder” o que aprendeu na escola
“A única situação em que o ensino bilíngue pode ser prejudicial à criança é aquela em que o pai obriga o filho a fazer o curso a contragosto”, diz a pedagoga Selma de Assis.
Além de estrangeiros que querem perpetuar o uso de sua língua natal na família, a escola bilíngue também é bastante procurada por pais que pretendem fornecer ao filho uma ferramenta a mais para, no futuro, ampliar seus conhecimentos e enfrentar o mercado de trabalho. “A globalização chegou à infância”, diz, brincando, Selma Assis. “Esse é um cuidado legítimo, afinal, 70% do conteúdo da internet está em inglês, e boa parte do restante, em espanhol.”
Feita a matrícula, é importante acompanhar o desenvolvimento da criança. Criar contextos próprios para o uso do segundo idioma é a maneira mais saudável de fazer isso. Podem ser vídeos, músicas, leituras e conversas. “O pai não precisa necessariamente saber o segundo idioma. Muitas vezes, ensinar ao adulto algo novo pode ser estimulante para a criança. Mas é preciso que o filho veja valor e sentido no aprendizado da língua nova e só os pais vão poder transmitir isso a ele”, continua a coordenadora pedagógica. “Isso só se consegue estando disponível para o filho e se concentrado em atividades ligadas ao segundo idioma.”
Misturar idiomas no processo de aprendizado do bilinguismo é algo absolutamente normal. E a própria criança, aos poucos, se encarrega de fazer as devidas separações. “Pode até haver no caso de bebês um atraso da fala, mas nunca de linguagem”, tranquiliza o médico Luiz Celso Vilanova. Os bloqueios também são comuns. Devem-se, no entanto, a questões emocionais e não cognitivas. Nesses casos, dizem os especialistas, é importante estimular a autoconfiança da criança e ensiná-la a lidar com os erros de maneira natural.
O terceiro idioma também pode ser muito bem-vindo. “Geralmente, quem fala dois idiomas tem mais facilidade para aprender um terceiro”, diz o médico Luiz Celso Vilanova. “Quanto antes o indivíduo é exposto a novos idiomas, melhor. Pessoas que têm contato tardiamente com uma língua não vão identificar seus fonemas e, sim, associar aqueles sons a algo próximo do que ele aprendeu. O resultado é a fala com sotaque estrangeiro”. Já a alfabetização também gera bastante polêmica. O professor Vilanova recomenda que se faça primeiro a alfabetização da língua nativa para depois fazer a outra. A pedagoga Selma de Assis, por sua vez, acredita que seja possível conciliar as coisas.
“A única situação em que o ensino bilíngue pode ser prejudicial à criança é aquela em que o pai obriga o filho a fazer o curso a contragosto”, diz a pedagoga Selma de Assis.
Além de estrangeiros que querem perpetuar o uso de sua língua natal na família, a escola bilíngue também é bastante procurada por pais que pretendem fornecer ao filho uma ferramenta a mais para, no futuro, ampliar seus conhecimentos e enfrentar o mercado de trabalho. “A globalização chegou à infância”, diz, brincando, Selma Assis. “Esse é um cuidado legítimo, afinal, 70% do conteúdo da internet está em inglês, e boa parte do restante, em espanhol.”
Feita a matrícula, é importante acompanhar o desenvolvimento da criança. Criar contextos próprios para o uso do segundo idioma é a maneira mais saudável de fazer isso. Podem ser vídeos, músicas, leituras e conversas. “O pai não precisa necessariamente saber o segundo idioma. Muitas vezes, ensinar ao adulto algo novo pode ser estimulante para a criança. Mas é preciso que o filho veja valor e sentido no aprendizado da língua nova e só os pais vão poder transmitir isso a ele”, continua a coordenadora pedagógica. “Isso só se consegue estando disponível para o filho e se concentrado em atividades ligadas ao segundo idioma.”
Misturar idiomas no processo de aprendizado do bilinguismo é algo absolutamente normal. E a própria criança, aos poucos, se encarrega de fazer as devidas separações. “Pode até haver no caso de bebês um atraso da fala, mas nunca de linguagem”, tranquiliza o médico Luiz Celso Vilanova. Os bloqueios também são comuns. Devem-se, no entanto, a questões emocionais e não cognitivas. Nesses casos, dizem os especialistas, é importante estimular a autoconfiança da criança e ensiná-la a lidar com os erros de maneira natural.
O terceiro idioma também pode ser muito bem-vindo. “Geralmente, quem fala dois idiomas tem mais facilidade para aprender um terceiro”, diz o médico Luiz Celso Vilanova. “Quanto antes o indivíduo é exposto a novos idiomas, melhor. Pessoas que têm contato tardiamente com uma língua não vão identificar seus fonemas e, sim, associar aqueles sons a algo próximo do que ele aprendeu. O resultado é a fala com sotaque estrangeiro”. Já a alfabetização também gera bastante polêmica. O professor Vilanova recomenda que se faça primeiro a alfabetização da língua nativa para depois fazer a outra. A pedagoga Selma de Assis, por sua vez, acredita que seja possível conciliar as coisas.
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